No Candomblé, o Erê é o intermediário entre a pessoa e o seu Orixá. É o aflorar da criança que cada um guarda dentro de si; representa pureza, inocência e alegria. O Erê aparece logo após o transe do orixá, atuando como mensageiro espiritual e transmitindo a vontade do orixá ao iniciado durante os rituais e ensinamentos.
Com seu jeito espontâneo e infantil, ele faz perguntas, expressa desejos de doces e traz leveza ao terreiro. Importante para o aprendizado das danças, ritos e liturgias, o Erê mantém a ligação entre o iniciado e seu orixá, ajudando na passagem entre a consciência e a inconsciência.
Varia conforme o Orixá de cabeça do iniciado
Ere nwá, ere gbadá!
O Erê não é um orixá com uma história individual, mas uma manifestação espiritual que representa o aspecto infantil da relação do iniciado com seu orixá. Durante o ritual de iniciação, o Erê é fundamental para transmitir ensinamentos, ritos e mensagens do orixá.
Sua presença traz alegria e renovação espiritual, facilitando o aprendizado e o contato profundo com a divindade. No terreiro, o Erê ajuda a suavizar a transição entre os estados de consciência durante os rituais, mantendo a energia leve e fluente.
Cada Erê assume nomes e características de acordo com o orixá que o originou, conectando-se às suas energias e símbolos, e recebe oferendas simbólicas que refletem essa ligação.
Os Erês assumem sincretismos variados conforme o orixá a que estão ligados.
Muitos são associados a santos infantis como São Cosme e São Damião na Umbanda.
São vistos como guias espirituais puros e inocentes, espelhando a felicidade e a leveza da infância na manifestação da espiritualidade afro-brasileira.
Leveza, inocência, alegria, mensageiro espiritual, renovação, pureza, espontaneidade, brincadeira e comunicação entre o orixá e o iniciado.
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